segunda-feira, 28 de outubro de 2013



Prêmio de melhor trabalho da UENF é de Aperibé, RJ, pelo 2º ano seguido
Keysson Vieira ganhou o prêmio de melhor trabalho em 2013.
Manuela Blanc foi a vencedora em 2012.
Letícia Bucker Do G1 Norte Fluminense 




Keysson ganhou o prêmio na UENF. (Foto: Keysson Vieira/Arquivo Pessoal)
Com pouco mais de 10 mil habitantes, a cidade de Aperibé, no Noroeste Fluminense, se destaca quando o assunto é a Educação. Neste mês de outubro, o biólogo aperibeense Keysson Vieira, de 28 anos, ganhou o prêmio de melhor trabalho de tese por categoria na 'Mostra de Pós-Graduação' da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado. E se engana quem acha que as conquistas e coincidências param por aí. Em 2012, a também aperibeense, com 28 anos e socióloga, Manuela Blanc, venceu o prêmio na mesma categoria, na área da Sociologia Política.
Keysson e Manuela são exemplos de que a dedicação é mola propulsora para uma carreira de sucesso. O biólogo possui toda sua formação em uma unidade da rede pública, o Colégio Estadual Lourença Guimarães (CELG). Manuela também estudou no CELG e concluiu a formação em instituição particular. 
“Minha vida escolar foi toda em uma unidade estadual. Sou grato a todos os professores do CELG que sempre me incentivaram a estudar e procurar uma formação acadêmica pública”, explicou Keysson.
Na UENF, Manuela já concluiu a graduação, o mestrado e o doutorado e Keysson está concluindo o doutorado. E graças ao 'doutorado-sanduíche', programa do Governo Federal que proporciona parte do estudo no Brasil e outra no exterior, eles tiveram a chance de ter uma experiência fora do país, o que contribuiu para a vitória na premiação da Universidade. Manuela, em 2011, passou quatro meses em Paris, na França, estudando na Université Paris-Ouest.
“Realizei um trabalho de campo em Paris. O que seria um complemento à minha tese de doutorado se tornou um estudo comparativo por contrates. Graças a este trabalho, ganhei o prêmio da UENF”, explicou Manuela.
Keysson voltou há pouco tempo de sua experiência nos Estados Unidos. Ele ficou 10 meses estudando em Nova Jersey, na Rutgers University. A temporada americana auxiliou em um projeto onde estuda o aproveitamento de rejeito da mamona, que pode ser aplicado na produção de ração animal.
“Já havia iniciado o trabalho na UENF, com a orientação da professora Olga Lima Tavares Machado, e a experiência nos Estados Unidos foi muito enriquecedora, porque pude realizar análises específicas. Graças a eles, venci o prêmio da 'Mostra de Pós-Graduação'”, comentou Keysson.
Vivendo no exterior
Manuela sempre sonhou em conhecer Paris e realizar um trabalho na cidade luz. A experiência foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho. Estar submersa em uma cultura diferente ajudou a avançar na análise dos dados obtidos no Brasil.
“Além da realização de um grande sonho, pelo qual tive que brigar muito, foi uma experiência maravilhosa. Quanto à qualidade na educação, trata-se de um posicionamento diferente, uma forma de fazer as coisas diferentes, mas não diria necessariamente melhor. É um modo de conduta que tem as suas vantagens e desvantagens”, explicou Manuela.
Keysson trouxe dos Estados Unidos muita experiência de vida. Abriu a visão para a vida acadêmica e notou que os alunos brasileiros se dedicam muito mais à pesquisa do que os alunos americanos.
“Percebi que nós somos mais preparados que os americanos. A gente começa a desenvolver as pesquisas ainda na graduação e eles só partem para esta etapa mais tarde. Confesso que senti diferença de estrutura. O acesso a materiais para desenvolver pesquisas é bem mais rápido, mas isso não desqualifica o que desenvolvemos aqui”, disse Keysson.




Manuela enquanto esteve estudando em Paris. (Foto: Manuela Blanc/Arquivo Pessoal)


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